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Histórico

CÍTARA: ... Do latim, CITHARA; Do Grego, KITHÁRA, as poucas informações levantadas, conceituam-na como “qualquer instrumento de cordas, desprovido de braço e constituído de um corpo único sobre o qual se esticam as cordas; ou instrumento moderno da Europa Central, semelhante ao SALTÉRIO, com caixa geralmente trapezoidal e, finalmente... instrumento de cordas - forma aperfeiçoada da lira”.

Como se pode observar, a Cítara, provavelmente, ao longo dos séculos, veio e vem sofrendo alterações de forma e deformações conceituais de país para país, ora, é inspirada em outros instrumentos mais antigos, que, com ela, guardam alguma semelhança anatômica, geométrica ou na forma, ora, é fonte de inspiração ou paradigma para a criação ou adaptação de outros, ora é considerada antiga, ora, moderna, levando a uma falsa ideia de aparente contradição.

Essa aparente contradição - acredita-se - talvez resida na arte da própria LUTHIERIA, quando o Luthier, acrescenta, por exemplo, por inserção, um pequeno braço de violão sobre o tampo da caixa de ressonância, pouco acima da boca do instrumento, como em um dos modelos americanos abaixo mencionados, tornando-o meio híbrido, ampliando, significativamente o modo de percussão, mantendo contudo, sua forma geométrico-anatômica originária, o que, de qualquer maneira, não deixa de representar uma inovação.

De qualquer sorte, a principal característica da CÍTARA é ser desprovida de braço em sua forma geométrico-trapezoidal, por isso, multifário, geométrico e anatômico, sem dúvida, um instrumento muito antigo, não obstante a escassez de informações mais precisas sobre sua história e origem.

Histórica e popularmente, diz-se por aí que era o instrumento preferido e tocado na antiguidade pelo Rei Salomão, o monarca mais sábio e justo que a humanidade conheceu em todos os tempos, cujo modelo daquela época se desconhece, ante a falta de referências.

A CÍTARA, classificada e considerada por alguns, como instrumento exótico, cuja origem remonta a tempos imemoriais, é muito pouco conhecida ainda popularmente no meio musical moderno, por isso, até mesmo desprezada e ignorada, exatamente, por total falta de informações a respeito, porém, sabe-se que é derivada de outro instrumento que inspirou sua criação - o SALTÉRIO - entre os gregos, designação comum aos instrumentos de cordas que se feriam com os dedos e não com o plectro, que surgiu, possivelmente, na idade Média, de origem oriental, de forma triangular, ou trapezoidal, composto de uma caixa de ressonância com um número variável de cordas simples ou duplas, retesadas sobre a caixa por meio de cravelhas, e que eram percutidas com duas baquetas.

Um dos instrumentos de cordas e teclado mais antigos é o Clavicórdio, de forma semelhante à do Virginal, instrumento musical de teclado e cordas que se ferem por bico de pena, como na Espineta (outro instrumento), com o qual se parece, tendo porém, geralmente, a forma de uma caixa retangular, pequena e leve, sendo de uso posterior (Sécs. XV e XVI), já a Espineta, trata-se também de um instrumento de cordas e teclado, cuja mecânica e técnica são iguais às do Cravo, citados como referenciais antes da Cítara e contemporâneos a ela, como por exemplo, o Cravo, ainda existente e em evidência.

Quanto aos padrões atuais, na Internet encontram-se, além de outros tantos, mais quatro (04) variações significativas de modelos de CÍTARA, sendo um Indiano, dois Americanos e um Espanhol. O modelo Indiano nada lembra os dois Americanos e o Espanhol, por apresentarem estes, formas meio arredondadas e semi-trapezoidais, de tamanhos bem pequenos e de execução no próprio colo, ligeiramente encostados entre o ventre e o peito do executante ou sobre algum móvel, enquanto aquele (Indiano) apresenta uma espécie de braço longo e afilado, semi-roliço e parcialmente abaulado, com uma extremidade encaixada em uma pequena caixa acústica semi-oval, dotado de várias hastes laterais (em ambos os lados), de tamanhos diversos, posicionadas em ângulos variados e inúmeros trastes, lembrando, impropriamente, uma lagosta grande e afilada, anatomicamente falando, contudo, como dito acima, há ainda diversas outras variações desse mesmo instrumento sendo divulgadas pelo planeta afora, portanto, as descrições não param por aí.

Dos dois modelos Americanos, (apenas para restringir o comentário descritivo), um apresenta variação, tendo um pequeno braço de violão colado ao tampo da caixa de ressonância, dotado de trastes, disposto de uma extremidade à outra, próximo à boca do instrumento.

O modelo aqui apresentado é bem maior, tem forma trapezoidal, é dotado de compartimento (gaveta) para acondicionar as tablaturas, que são mapas-gráficos com o desenho simétrico das cordas, e que se coloca sob as mesmas, sobre os quais (mapas) se escrevem as músicas com simbologia convencional, embora possam também ser tocadas de forma livre (sem tablaturas, que é uma forma auxiliar); equipado com função eletroacústica, apóia-se em um pedestal (suporte ou cavalete) composto de três (03), quatro (04) ou cinco (05) peças desmontáveis para transporte ou deslocamento (conforme a concepção) (vide fotos), utiliza 30, 33, 36, 37 ou 38 cordas de nylon nas cores brancas e pretas, comuns, usadas em violão, sendo em aço as três, quatro, cinco ou seis mais graves (dependendo do tamanho do instrumento), utilizadas em Violoncelo, todas fixadas em posição horizontal, modelo “A” ou em diagonal/transversal, modelo “B”, (vide fotos), é afinado em escala cromática universal, como piano, teclado, acordeon e etc, com três oitavas sucessivas e sequenciais completas, trata-se de um produto esmerado e cem por cento (100 %) doméstico-artesanal, com tempo médio de confecção (fabricação) de 45 dias.

Até então, esse modelo não estava disponível na Internet, razão por que, acredita-se ser ele uma criação e/ou variação exclusivamente brasileira, embora não se possa afirmar isso ainda de forma categórica; é sem dúvida, um instrumento, de certa forma, percussivo, vez que se toca com as mãos, de uso profissional ou amador, extremamente versátil como qualquer outro de cordas, dotado de bela afinação, sonoridade impar e singular, compatível com sua inclusão/adoção no conjunto de outros instrumentos integrantes de uma orquestra; pode ser percutido, como já dito, com as duas mãos, usando as unhas ou apenas os dedos indicadores, ou duas (02) palhetas de PVC, plástico, chifre ou outro material maleável (vide/vídeos e áudios), sua capacidade e performance em termos sonoros e musicais, só dependem, naturalmente, da habilidade e virtuosismo de quem o executar.

Esse nobre e majestoso instrumento, até então, desconhecido do grande público, permaneceu hibernado no ostracismo durante séculos, nas mãos e poder apenas de reis, nobres e outras castas, mas, que agora veio e se desponta para se popularizar na conquista de novos adeptos, com nova roupagem, mantendo, contudo, a essência de sua criação e originalidade que, a todos, certamente, irá encantar, por ser paradoxalmente, um velho/novo instrumento.

Fonte: Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa – Edição recente.

Cítaras LAZMAN - “O Som de Amanhã, Hoje!!!!!!!!!”

L. M. de Alcântara

O Autor e Luthier.

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